Nesse blog, encontrei um guia de como se comportar diante de portadores do hiv/aids. Achei interessante a abordagem sem rodeios da autora, explorando aspectos objetivos e subjetivos da questão.
Foi fácil me identificar com o comportamento a ser evitado e como a autora descreve as reações naturais de alguém que encontra uma pessoa hiv+. Lembro como sempre achei difícil saber o que fazer e falar diante de pessoas com hiv, câncer ou outra doença crônica grave. A cerimônia, a abordagem excessivamente cuidadosa e atenciosa, as "luvas de veludo", o comportamento medido e artificial... Isso tudo afasta mais do que aproxima, discrimina mais do que acolhe. Mas muitas vezes, é nosso reflexo natural diante do novo, do desconhecido, do que nos dá medo.
A autora fala que conhecer alguém hiv+ é uma forma de humanizar doença e ver além das estatísticas, manchetes de jornais e grupos de risco. A aids é uma doença que assusta e muitas pessoas se assustam diante de um portador da doença, identificando o mal com aquele que sofre dele.
Ela ressalta a importância de se educar sobre o assunto, tanto para entender a diferença entre ser hiv+ e ter aids, como para perceber que é um problema que não está tão distante -- logo, pode atingir qualquer um e exige cuidado e prevenção sempre. Afinal, não é uma doença restrita a guetos específicos, o hiv rompeu as barreiras de gênero, raça, classe e orientação sexual.
Outro ponto interessante é a maneira de se referir aos portadores do hiv e doentes de aids como "vítimas" da doença, como se não houvesse esperança diante de seu problema. Assim como o termo "vítima inocente", usado na década de oitenta para as pessoas que contraíram o hiv através de transfusões de sangue, por exemplo, em contraste com os que se comportaram inadequadamente e acabaram se infectando -- os não-inocentes / culpados?
Vale dar uma olhada e refletir não apenas sobre o hiv em si, mas também sobre respeito, dignidade e humanidade.
domingo, 13 de abril de 2008
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