quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Health Report

Publicado recentemente um estudo que aponta para boas perspectivas no tocante à terapia genética para tratar o hiv, esta notícia vem como uma lufada de ar fresco para quem, como eu, estava angustiado com a crise e a desaceleração nas pesquisas da indústria farmacêutica -- que já estão ganhando dinheiro suficiente com as drogas existentes. Obviamente, não é o caso de soltarmos fogos, mas é bom saber que ainda há muita gente trabalhando duro para encontrar uma cura.

Por outro lado, o governo chinês acabou de divulgar que a aids já lidera a causa mortis entre as doenças infecto-contagiosas, alertando para o grave problema tanto na prevenção como na assistência aos hiv+ na China. O preconceito, a falta de informação e a imigração ilegal são os maiores responsáveis por estes dados alarmantes. Em números relativos, não é algo assim tão assustador, pois trata-se do país mais populoso do mundo. Mas em números absolutos, é assustador imaginar que 7.000 pessoas morreram de aids no país somente nos primeiros 9 meses de 2008, contra 8.000 mortos nos 3 anos anteriores. Esse aparente aumento pode ser atribuído a estatísticas pouco confiáveis e até a um certo jogo duro do governo chinês em admitir estar enfrentando um grave problema de saúde pública envolvendo o hiv sem culpar os imigrantes de outros países da região que acabam encontrando na prostituição um meio de sobrevivência.

Enquanto isso, o Brasil deve iniciar a produção de mais dois medicamentos que estarão disponíveis aos hiv+ pelo SUS, ampliando as chances de tratamento para os que desenvolveram resistência ou não tiveram sucesso com os arv's já distribuídos pelo Ministério da Saúde.

Duas notícias animadoras e outra um tanto preocupante, mas as coisas parecem estar evoluindo positivamente. O importante é termos em mente nosso dever de informar e nos manter informados sobre hiv e aids.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Crossroads 2

Como nada havia acontecido desde o último post, somente agora posso contar alguma novidade.

Depois de duas semanas sem nos encontrarmos, acabamos indo ao cinema no domingo. Já dentro do cinema, começamos a ir um pouco além do que havíamos nos permitido. Sem entrar em maiores detalhes, assistimos ao filme inteiro com carícias, digamos, mais ousadas. E dali, fomos jantar mas já pensando no que faríamos depois.

E fomos para a casa dele. Como as duas semanas resultaram numa certa esfriada e as incertezas quanto ao futuro dessa relação ficaram ainda maiores, resolvi não revelar ainda meu status. E nos limitamos, mais uma vez, a curtir carícias e a intimidade sem irmos muito além disso. Ou seja, ainda estamos nos conhecendo e não chegamos às vias de fato. Hehehehe.... Tanto rodeio para dizer que a gente nao fodeu pra valer, i.e., ninguém comeu ninguém e não rolou sexo oral.  

Enfim, depois dessa noite, nos encontramos para um café antes de ele embarcar para ficar 2 semanas fora. E tivemos um papo muito bom sobre como cada um encara os relacionamentos, o que aprendemos com experiências anteriores etc. Foi muito interessante, quase uma declaração de intenções e foi nesse momento em que percebi que o caminho está aberto, ou seja, ele já se relacionou com um hiv+ e disse que não deixaria de se envolver com alguém por causa disso. Mas depois de quase duas horas de muita informação e como ele estava embarcando para passar duas semanas fora, fiquei aliviado mas não achei que seria o melhor momento de declarar meu status. Apesar disso, estou muito mais tranquilo e me sinto menos pressionado a tomar posição e temeroso da resposta.

Como é o tipo de situação que depende de muitos outros fatores, apesar da conversa que tivemos nem eu me sinto tão disponível assim, nem ele está com tanta disponibilidade por conta da vida agitada que leva dividindo-se entre 2 cidades, estamos nos curtindo aos poucos. Se nossos encontros começarem a ganhar clima de romance, a oprtunidade vai surgir e vou acabar falando antes que o envolvimento fique grande demais. Se formos continuar nessa marcha lenta, então não vou tornar isso um drama desnecessário para não desencadear um transtorno de ansiedade. He...

Em todo caso, está sendo muito bom, ainda mais depois de uma separação traumatizante e mal resolvida que ainda envolve um bocado de hostilidade (recentemente, ao perguntar ao meu ex se ele havia feito exames e se estava tudo bem, ele disse: «Estou limpinho da silva! Pode ficar tranquilo, viu? Mesmo tendo a certeza, que pra vc, se eu fosse positivo, seria muito conveniente, pois não precisaria nunca mais usar a camisinha que vc tanto odiava!» como se eu desejasse a alguém que amei/amo tanto ser infectado e pior, que eu infectasse essa pessoa!! Além disso, eu nunca detestei usar camisinha e não me infectei por ter praticado sexo inseguro a torto e a direito).