quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

a cura do hiv -- ou pelo menos, é o que parece

Essa história já vem rolando há algum tempo, mas na semana passada foi tornada oficial.
Uma descoberta meio que por acaso, eles aproveitaram a situação do paciente para tentar algo e o resultado pode ter sido fruto da sorte, ou seja, o mesmo procedimento aplicado a outros pacientes não poderá garantir o mesmo resultado. Além disso, os riscos eram altíssimos e as complicações não ficaram nada a dever
Em todo caso, é o único caso de cura do hiv reconhecido pela ciência até o momento (os das igrejas evangélicas são ainda um pouco polêmicos...).


Pesquisadores alemães afirmam ter curado portador de HIV

Um grupo de pesquisadores alemães afirmou nesta terça-feira (14/12) ter curado um homem portador do vírus HIV utilizando células-tronco adultas. Este seria o primeiro caso documentado de uma pessoa curada do vírus, que já vitimou milhões de pessoas ao redor do mundo.

De acordo com os pesquisadores, o norte-americano Timothy Ray Brown, de 44 anos, que vive em Berlim, recebeu as células-tronco, retiradas da medula óssea de um doador, para um tratamento de leucemia em 2007. O doador das células tinha uma mutação: não produzia a proteína CCR5, fundamental para a multiplicação do vírus HIV no organismo humano.

Desde então, três anos e meio depois, o norte-americano não toma mais medicamentos para conter o vírus, nem mostra sinais de leucemia. De acordo com os pesquisadores alemães, "os resultados sugerem que a cura do HIV foi atingida nesse paciente", mas alertaram que é imprudente dizer com certeza que se chegou a uma cura para a Aids, pois mais testes são necessários.

A possível cura, porém, só veio depois de muitas complicações e tratamentos de saúde. O homem teve que passar por quimioterapia e receber células-tronco, mas o câncer voltou a aparecer, e mais um transplante de células-tronco foi necessário. Depois de recuperado do tratamento, Brown sofreu complicações neurológicas e teve amnésia e cegueira temporárias, segundo o jornal online The Daily Planet Dispatch. Ele teve de passar por terapias para reaprender a realizar atividades simples como falar e caminhar normalmente.

O estudo foi publicado na semana passada no periódico Blood por pesquisadores do hospital Charité, de Berlim.


Ou seja, não é exatamente um motivo para se comemorar porque oferece pouca perspectiva de se tornar um método amplamente difundido.

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