segunda-feira, 24 de março de 2008

A Cura

Desde que o hiv começou a fazer parte da minha vida, comecei a pesquisar várias possibilidades de cura. A esperança é a última que morre, não é verdade? E como adepto de terapias alternativas, homeopatia etc., investiguei alternativas às terapias anti-retrovirais usadas hoje.

Nos sites mais negacionistas, há todo tipo de propaganda contra as terapias desenvolvidas nos últimos anos, os chamados coquetéis. Mas há muitos sites que não necessariamente negam a existência do hiv e oferecem tratamentos à base de ervas, aparelhos de microcorrente, ozônio etc.

O Tian Immune Booster foi um que muito me impressionou. O Dr. Tian vive na África e desenvolveu uma fórmula fitoterápica que controla o hiv e reforça o sistema imunológico, prevenindo o surgimento da aids ou até mesmo fazendo com que os sintomas regridam. Não é tão caro, a OMS está observando de perto os resultados do Dr. Tian, mas o problema maior é trazer da África esse tipo de medicamento.

Dra. Hulda Clark propõe um tratamento com base na sua pesquisa com aparelhos de microcorrente que eliminariam o hiv do corpo do paciente, juntamente com dieta e outras medidas um tanto difíceis de incorporar à rotina de uma pessoa. Eu já usei um aparelho dela uma vez para tratar vermes. Nem posso afirmar que funcione, mas que o organismo responde de alguma forma, isso eu não tenho dúvida.

Há um site que fala de uma patente registrada nos EUA no início dos anos 90 de um aparelho de microcorrente que eliminaria o hiv do corpo da pessoa. O princípio é semelhante ao da Dra. Hulda Clark, mas essa história parece muito estranha. Se a patente foi aprovada em poucos meses, é porque o aparelho foi tido como algo promissor. Mas nunca mais se falou no assunto. Não se sabe se a patente foi feita e o desenvolvimento foi interrompido por alguma razão.

Outra abordagem é a prata coloidal. A prata é um antibiótico potente e teria a capacidade de controlar o aumento da carga viral, além de prevenir infecções oportunistas. No Brasil, esse aparelho custa em torno de 400 reais, se não me engano. Há um camarada em Minas Gerais que faz esse aparelho e também faz um aparelho semelhante ao da Dra. Hulda Clark.

Na Austrália, há um médico que alega conseguir reduzir carga viral e controlar o a doença com os mesmos efeitos das terapias anti-retrovirais somente com doses altíssimas de vitamina C aplicadas diariamente por via intravenosa. É um método polêmico e que envolve muitos riscos e requer supervisão médica em tempo integral por causa dos efeitos colaterais.

Em São Paulo há um médico que aplica a terapia de ozônio. Se não me engano, retira-se uma pequena quantidade de sangue do próprio paciente, à qual é acrescentado um composto à base de ozônio. O sangue ozonizado é reinjetado. É usado contra herpes, hpv, hiv e câncer. Dizem que os resultados são incríveis. Na França é muito usado, assim como há clínicas nos EUA e em outros países da Europa.

Um camarada na Inglaterra tem um método que ele alega ser eficaz. Somente é aplicado a soropositivos com menos de 2 anos e que sejam assintomáticos. Este, particularmente, foi um contato que eu quase arrisquei, mas vi que a logística de trazer da Inglaterra o remédio seria arriscado demais.

Há um site falando de um tratamento de hipertermia no leste europeu. Com o aumento controlado da temperatura corporal, eles alegam que o sistema imunológico se refaz completamente e consegue controlar o aumento da carga viral. Serve também para câncer, segundo eles. O valor fica em algumas dezenas de milhares de euros.

Há vários casos de pessoas que respondem muito bem à homeopatia e acupuntura. No Rio de Janeiro há uma acupunturista que chegou a ter um ambulatório num hospital universitário de referência em hiv. Sei de pelo menos 2 médicos homeopatas (RJ e PR) que têm resultados impressionantes no tratamento do hiv.

Acredito que tudo pode ser positivo se não for usado de maneira irresponsável. Bons hábitos alimentares e atividades físicas ajudam sempre. Qualidade de vida, relacionamentos estáveis e postura positiva diante do "problema" também ajudam. Mas o controle tradicional deve ser feito sempre.

Nunca tentei nada do que expus acima desde o hiv. Fiquei com medo de pirar na neura de uma cura e acabei deixando a coisa rolar, fazendo o controle periódico. Mas não excluo a possibilidade de usar um ou outro método caso ache necessário.

Não cito nomes, urls de sites nem dou referência de nada porque não estaria prestando um serviço. Não existe nada de comprovado em nenhuma das abordagens que possa garantir a eficácia e segurança de qualquer desses métodos. E há muita gente inidônea que se aproveita do desespero e da ingenuidade alheia para ganhar dinheiro fácil. Da mesma forma, há igrejas evangélicas que têm "exemplos" de ex-homossexuais e viciados em drogas que eram soropositivos e se curaram pela fé. Por que não?

Hoje tento organizar minha vida para manter uma rotina saudável de exercícios, alimentação equilibrada, relacionamentos saudáveis, muito foco no trabalho e na carreira profissional, meditações para o autoconhecimento, leituras edificantes (nada de auto-ajuda com segredos mirabolantes para o sucesso, ok?) e alguma esperança de que minha saúde não sofrerá maiores danos por causa do hiv. Tomo vitamina C todos os dias e tento compensar as guloseimas, o álcool e o cigarro com alimentação vegetariana e muita água.

Se o hiv faz parte da minha vida, posso escolher o quanto viverei em função dele. Faço o que posso por mim, pelo meu bem estar e pela minha saúde. Mas não acredito que deva me render ao desespero e à busca neurótica por tudo que há por aí que promete a cura.

Se algum dia surgirá uma cura definitiva para o hiv, eu não sei. Espero que sim. Tento me manter informado sobre os avanços e as novidades que surgem. Mas tento não condicionar minha vida em função disso. Até porque todos devem fazer planos e viver todos os dias com o máximo de qualidade e proveito. Uma vida não se deve medir pelo número de anos vividos, mas sim pela qualidade com que foram vividos.

Um comentário:

Anônimo disse...

voce falou sobre ter usado um aparelho da Dra Hulda Clarck disse que não sabia que funcionava, mas que o corpo respondia. De que forma vc sentiu isto? Pode me responder no email borboletacolorida@click21.com.br obrigada