Fui a uma médica hoje, para acompanhamento. Levei os exames desde sempre e ela analisou cuidadosamente um a um.
Ficou bem impressionada com o estado geral e os números específicos (CD4 e carga viral), mas me pediu para tomar uma bateria de vacinas (tétano, hepatite A, gripe....).
Viu a doideira do exame negativo que tive 1 mês após o primeiro exame positivo e comentou: «isso é só para pirar a gente, né?»
Fez aquelas perguntas de sempre sobre drogas e sexo com proteção, quando perguntou se eu usava camisinha e ela mesma falou «não, né...?» e eu falei «sempre, sempre me protegi muito.»
«Ué, mas como....»
Aí contei a ela como aconteceu e meus olhos se encheram de lágrimas. Vi que os olhos dela também, ela ainda apoiou a testa na mão enquanto escrevia, mas seus olhos ficaram avermelhados e ela fez algum comentário do tipo «que coisa, né...?
Essa empatia faz uma diferença brutal para quem vai ao médico lidar com assuntos tão duros.
Num exame antigo que eu folheei, ainda da época pré-hiv, vi o resultado «não reagente» e meu coração palpitou fortemente, cheguei a ficar meio tonto...
Mas, como ela disse, a batalha está aí, vamos enfrentá-la!
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