Publicado recentemente um estudo que aponta para boas perspectivas no tocante à terapia genética para tratar o hiv, esta notícia vem como uma lufada de ar fresco para quem, como eu, estava angustiado com a crise e a desaceleração nas pesquisas da indústria farmacêutica -- que já estão ganhando dinheiro suficiente com as drogas existentes. Obviamente, não é o caso de soltarmos fogos, mas é bom saber que ainda há muita gente trabalhando duro para encontrar uma cura.
Por outro lado, o governo chinês acabou de divulgar que a aids já lidera a causa mortis entre as doenças infecto-contagiosas, alertando para o grave problema tanto na prevenção como na assistência aos hiv+ na China. O preconceito, a falta de informação e a imigração ilegal são os maiores responsáveis por estes dados alarmantes. Em números relativos, não é algo assim tão assustador, pois trata-se do país mais populoso do mundo. Mas em números absolutos, é assustador imaginar que 7.000 pessoas morreram de aids no país somente nos primeiros 9 meses de 2008, contra 8.000 mortos nos 3 anos anteriores. Esse aparente aumento pode ser atribuído a estatísticas pouco confiáveis e até a um certo jogo duro do governo chinês em admitir estar enfrentando um grave problema de saúde pública envolvendo o hiv sem culpar os imigrantes de outros países da região que acabam encontrando na prostituição um meio de sobrevivência.
Enquanto isso, o Brasil deve iniciar a produção de mais dois medicamentos que estarão disponíveis aos hiv+ pelo SUS, ampliando as chances de tratamento para os que desenvolveram resistência ou não tiveram sucesso com os arv's já distribuídos pelo Ministério da Saúde.
Duas notícias animadoras e outra um tanto preocupante, mas as coisas parecem estar evoluindo positivamente. O importante é termos em mente nosso dever de informar e nos manter informados sobre hiv e aids.